sexta-feira, 3 de julho de 2009
Aterosclerose
É uma doença crônica-degenerativa que leva à obstrução das artérias pelo acúmulo de lípides, principalmente o colesterol, em suas paredes. Pode causar danos a órgãos importantes ou até mesmo levar à morte. Tem início nos primeiros anos de vida, mas sua manifestação clínica, geralmente, ocorre no adulto. Embora a ordem cronológica de eventos podem variar, podemos considerar os seguintes passos na formação da placa de ateroma:
1- Ocorre lesão do endotélio;
2-A partir da lesão, vai-se acumulando lipidoproteína, particularmente LDL, na parede do vaso, os quais ficam oxidados desencadeando uma reação inflamatória;
3-Monócitos são atraídos ao local de inflamação onde se transformam em macrófagos que fagocitam os lipídeos, e assim passam a ser designados por células esponjosas;
4-Plaquetas reconhecem o colágeno do endotélio lesado e ficam ativadas;
5-Oa macrófagos e as plaquetas estimulam a migração e proliferação para a íntima arterial (parede da artéria).
Postado por: Foncieli Fontana
Catarata
Curiosidade: o pintor Monet tinha catarata, a figura acima mostra duas de suas pinturas, uma delas quando a doença já estava avançada, na qual percebe-se uma grande quantidade de cores quentes, pois essas cores ainda atravessavam o seu cristalino.
Postado por: Foncieli Fontana
Presbiacusia
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A presbiacusia é o declínio da audição que envelhece como tudo o mais no organismo, e significa "audição do velho". Existem quatro tipos de presbiacusia: sensorial, neural, metabólico e condutivo. A presbiacusia sensorial caracteriza-se por atrofia das células ciliadas e sustentação do Órgão de Corti, que se distorce, sofre achatamento e pode chegar a desaparecer ao nível da espira basal. Observa-se o acúmulo de lipofuscina, um produto do desgaste da atividade dos lisossomas, no Órgão de Corti. Neste tipo de presbiacusia ocorre ainda um processo degenerativo secundário das terminações nervosas aferentes. Na presbiacusia neural ocorre lesão degenerativa dos neurônios cocleares, porém é necessário que a população destes neurônios se reduza o suficiente para impedir a transmissão efetiva do fluxo neural. A presbiacusia metabólica é caracterizada pela presença de manchas atróficas nas espiras média e apical da estria vascular. Esta atrofia da estria pode decorrer de fator genético e surgir em pessoas de mesma família na faixa dos 40 anos. A estria vascular é a fonte de produção de endolinfa, e além disso contém enzimas oxidantes necessárias ao metabolismo da glicose, e fornece a energia indispensável ao Órgão de Corti. A presbiacusia condutiva decorre de processos atróficos da cóclea que acarretam modificações nas propriedades físicas do ducto coclear, cuja rigidez aumenta e altera o movimento mecânico da membrana basilar, justificando a deficiência auditiva.
Postado por: Foncieli Fontana
Painel - Idosos e Neurotransmissores
Com o passar dos anos, no decorrer do processo de envelhecimento do corpo, percebe-se uma redução na produção, na liberação e no metabolismo dos neurotransmis- sores, assim como reduções nas enzimas envolvidas nas cascatas de transduções de sinais e também na concentrações de mensageiros secundários . Dentre as enzimas que sofrem redução encontram-se as responsáveis por seqüestrar os radicais livres e regular a homeostase do cálcio, substância que esta intimamente ligada à regulação da síntese, produção e liberação de neurotransmissores, assim como também esta ligada a modificação de proteínas por fosforilação e a excitabilidade neuronal.
Os níveis de dopamina são os que sofrem maior redução(explicando as dificuldades motoras), porém os níveis de acetilcolina, receptores colinérgicos, ácido gama-aminobutírico (GABA), serotonina e catecolaminas também são baixos no idoso. Em contrapartida, há um aumento na atividade de outras enzimas como a monoaminoxidase, importante enzima no processo de degradação de serotonina.
A síntese de acetilcolina encontra-se diminuída devido à redução do “turnover” da glicose, pois a acetilcoenzima A, seu principal substrato, encontra-se menos abundante devido a baixa das atividades da glicólise no cérebro. Há menor capacidade de atenção e de capacidade do aprendizado no envelhecimento em função da redução da produção de acetilcolina, de plasticidade de receptores colinérgicos muscarínicos e da função exercida por esses receptores, explicando as dificuldades de cognição encontradas nos idosos.
Ocorre também um aumento na concentração de noradrenalina e de um metabólito da serotonina, 5-HIAA, no líquor de pessoas idosas.Assim como nota-se também um aumento nos níveis séricos de um metabólito da noradrenalina, MHPG. Há controversas a respeito das modificações ocorridas durante o envelhecimento no que diz respeito aos níveis de noradrenalina. Enquanto estudos afirmam que há redução dos valores de noroadrenalina no cérebro de idosos , outros não evidenciaram alteração significativa deste, exceto na substância negra cerebral.
Existe também uma certa discordância em relação ao sistema serotoninérgico. Muitos autores afirmam que os níveis de serotonina reduzem com o envelhecimento, outros, que não há modificação significativa desta substância. Bem como a respeito dos níveis de glutamato no córtex cerebral de indivíduos idosos, pois estes foram encontrados elevados, reduzidos ou inalterados. Já a substancia GABA, foi encontrada diminuída ou normal. Porém, há também estudos que revelaram níveis de GABA diminuídos no núcleo caudado e núcleo olivar inferior em idosos.
Fontes: http://www.idosofisioabdala.com/86101/86143.html
Bioquímica do Envelhecimento - Bayardo Baptista Torres
Postado por: Paulo Henique Dutra
Osteoporose
Doença caracterizada pela perda significativa de massa óssea, desenvolvendo ossos finos, ocos e de extrema sensibilidade, mais sujeitos a fraturas. É mais comum em mulheres que em homens, pois mulheres, naturalmente, tem uma menor massa óssea, e além disso após a menopausa essa perda se acentua, pois a produção de estrogênio diminui, sendo este um hormônio anti-reabsortivo. A osteoporose é causada por uma falha na remodelação óssea, processo continuo de destruição e renovação que permite a remoção de osso velho e a troca por osso novo. Em jovens, esse ciclo é efetivo, porém com o aumento da idade, a eficiência dos osteoblastos, células de produção de matriz óssea, diminui e o volume de osso reabsorvido não é preenchido por igual volume. Cada ciclo de remodelação resulta em pequena deficiência óssea, com o acúmulo de deficiências a perda se torna significativa. A remodelação ocorre em quatro fases: ativação, reabsorção, reversão e formação. A ativação começa quando as células precursoras de osteoclastos, células da reabsorção óssea, concentram-se sobre a superfície que será reabsorvida, fundem-se e transformam-se em osteoclastos multinucleados. A reabsorção é a fase em que os osteoclastos ativados escavam uma cavidade na superfície óssea. Na reversão, os osteoclastos desaparecem da unidade de reabsorção. Então uma espessa linha é depositada, ela é constituída por fibras colágenas organizadas ao acaso, que vão ligar o osso novo ao velho. Na formação, os pré-osteoblastos são atraídos para a cavidade de reabsorção e transformam-se em osteoblastos, que vão sintetizar novo colágeno e outras proteínas da matriz, preenchendo a cavidade com osteóide lamelar novo. A deposição mineral inicia-se na interface entre o novo osteóide e o osso calcificado e segue em direção á superfície óssea. Os fatores que estimulam a reabsorção óssea, por meio da ativação de precursores, diferenciação de progenitores e ativação de osteoclastos já formados, são o paratormônio, a diidroxivitamina D, a interleucina-1, a linfotoxina e o fator de necrose tumoral. Existem, também, os fatores que inibem a reabsorção ou até mesmo ativam a formação óssea, que são: a calcitonina, a interleucina-18, o interferon-γ e o fator de tranformação de crescimento-β, tem efeito contrário aos fatores que estimulam a reabsorção, pois atuam transformando osteoclastos maduros em mononucleados, inibindo a proliferação de progenitores e a diferenciação de precursores e ainda inibindo a atividade de osteoclastos maduros.
Postado por: Foncieli Fontana
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Estudo descobre gene regulador do envelhecimento
Estudo desenvolvido nos Estados Unidos com ajuda de cientista brasileiro mostra que o envelhecimento é um processo regulado e não simplesmente natural. Eles descobriram que essa regulagem é feita por um determinado gene, que recebeu o nome de Smk-1.
Segundo a Agência Fapesp, a partir do entendimento do processo de regulagem será possível imaginar que o aumento do tempo de vida através da insulina, mecanismo conhecido há duas décadas, pode ocorrer de forma direta sobre o fator da longevidade sem que ocorra perda de outras funções (reprodução e resposta ao estresse).
Entretanto, segundo Gustavo Maciel, médico e cientista brasileiro que participou da equipe que desenvolveu o trabalho nos Estados Unidos, muitos estudos serão necessários até que um passo efetivamente prático possa ser dado.
O estudo realizado no Instituto Salk, na Califórnia, serve também para evidenciar a importância que os modelos biológicos têm na ciência atual. Os estudos foram feitos com o verme C. elegans, que apresenta aproximadamente 40% de similaridade genética com os seres humanos, percentual considerado alto pelos cientistas.
Postado por Lucas Biaggini
Teoria do envelhecimento regulado
A teoria do envelhecimento programada surgiu da constatação de que em diversas espécies, incluindo a espécie humana, um indíviduo pode continuar sendo necessário para a sobrevivencia da espécie mesmo após se reproduzir. Isso decorre do fato de que nessas espécies, a sobrevivência dos mais jovens depende diretamente dos indivíduos mais velhos. Portanto, é essencial para a continuidade da espécie que os indivíduos mais velhos continuem vivos mesmo após se reproduzirem, até que os indivíduos mais novos possam sobreviver sem eles.
Como o montante de energia gasta por um indivíduo para sobreviver e se reproduzir é muito alto, poderia tornar-se inviável a sobrevivencia desse indivíduo por mais tempo, portanto ele precisa consumir menos energia após se reproduzir.
Segundo essa teoria, essa diminuição do gasto energético se daria justamente por meio do envelhecimento do indivíduo. Assim, ele perderia sua função reprodutiva e teria uma diminuição no seu ritmo metabólico, visando garantir a sua sobrevivência pelo maior período possível após a sua reprodução.
Portanto, a seleção natural teria levado ao desenvolvimento do mecanismo de envelhecimento, selecionando não os indivíduos diretamente, porém fazendo uma seleção a nível de grupos de indíviduos, pois somente os descendentes de grupos com genes causadores do envelhecimento teriam a sua sobrevivencia garantida até a fase reprodutiva, por meio do envelhecimento dos indivíduos mais velhos do grupo.
Postado por Lucas Biaggini