quinta-feira, 2 de julho de 2009

Osteoporose em mulheres maiores de 49 anos


Procurando na internet e lendo artigos, encontramos o artigo: “OSTEOPOROSE: PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO EM MULHERES DE CLÍNICA PRIVADA MAIORES DE 49 ANOS DE IDADE” e a partir dele fizemos um breve resumo, pois em nossa opinião o artigo possuí algumas importantes informações e importantes resultados laboratoriais relacionados à osteoporose. Este artigo teve como autores Alexandre Faisal-Cury e Kátia Pellicciari e abaixo segue o resumo:
A osteoporose é uma doença caracterizada pela redução da massa óssea a níveis insuficientes para a sustentação, havendo aumento da probabilidade da ocorrência de fraturas. Existem diversos fatores de risco que predispõem seu aparecimento: etnia branca ou asiática, sexo feminino, menopausa tardia, função ovariana reduzida antes da menopausa, envelhecimento, histórico familiar, estilo de vida (sedentarismo, abuso de álcool, tabagismo) e hábitos alimentares (pequena ingestão de cálcio, elevado consumo de cafeína). O estudo analisado, realizado entre março e junho de 1998, teve como objetivo calcular a prevalência de osteoporose e sua associação com os fatores de risco numa amostra de mulheres com mais de 49 anos de idade. Os resultados foram obtidos por meio da análise de 999 exames de densitometria óssea consecutivos feitos em um laboratório privado da cidade de São Paulo, para onde as pacientes foram encaminhadas por seus médicos. Além disso, um questionário acerca do estilo de vida e dos dados sócio-demográficos e reprodutivos foi aplicado às pacientes por uma pessoa treinada antes da realização do exame. Os dados pesquisados incluíam etnia, idade, peso, altura, Índice de Massa Corporal (IMC), idade na menarca, freqüência de atividade física por semana, número de cigarros fumados e xícaras de café consumidos diariamente, investigações sobre o uso de Terapia de Reposição Hormonal (TRH) e histórico de fraturas prévias.
Neste estudo, a prevalência da osteoporose foi de 32,7%, associada à idade mais avançada, à menarca tardia, à etnia branca e ao menor IMC. É possível perceber, portanto, que as variáveis reprodutivas e antropométricas colaboraram mais para o desenvolvimento da doença do que as variáveis relacionadas ao estilo de vida. As faixas etárias de 61 a 70 anos e 71 a 96 anos foram as que mais apresentaram pacientes com osteoporose, e as mulheres que tiveram menarca tardia, após os 16 anos, apresentaram o dobro da prevalência da doença. As mulheres negras apresentaram menor chance de desenvolver a osteoporose em relação a mulheres brancas e orientais, com diminuição de até 90% do risco, e indivíduos obesos mostraram-se mais protegidos contra a osteoporose, já que possuem maior IMC, cuja relação com a densidade óssea é direta. Além disso, os dados mostraram que a atividade física aumenta a resistência óssea, enquanto o tabagismo apresenta o efeito oposto. Ex-fumantes apresentaram densidade óssea intermediária entre fumantes e não-fumantes, o que sugere que a influência do cigarro pode ser revertida em parte.
Na análise de qualquer estudo, deve-se considerar a situação em que se encontram os indivíduos que dele participam. Como os dados relatados foram colhidos em um laboratório privado, que atende mulheres que possuem planos de assistência médica, o perfil sócio-demográfico desta amostra não representa outros grupos de mulheres brasileiras. Da mesma maneira, como o laboratório possui objetivo de investigar a existência da osteoporose e atende, portanto, pessoas encaminhadas por seus médicos após análise clínica, a prevalência da doença deve estar superestimada em relação a outros grupos populacionais. Além disso, não é possível avaliar se os casos de osteoporose são primários (decorrentes da menopausa ou da senilidade) ou secundários (decorrentes de distúrbios metabólicos, reumatológicos, renais ou digestivos e do uso de certos medicamentos).
Postado por: Foncieli Fontana e Paulo Henrique Dutra

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