quinta-feira, 2 de julho de 2009

Teoria do envelhecimento regulado

A teoria do envelhecimento regulado, assim como a teoria do acúmulo de mutações, abordada em uma postagem anterior, é uma teoria genética do envelhecimento. Além disso, ela constitui uma revisão da teoria do acúmulo de mutações, tendo grande co-relação com essa.
A teoria do envelhecimento programada surgiu da constatação de que em diversas espécies, incluindo a espécie humana, um indíviduo pode continuar sendo necessário para a sobrevivencia da espécie mesmo após se reproduzir. Isso decorre do fato de que nessas espécies, a sobrevivência dos mais jovens depende diretamente dos indivíduos mais velhos. Portanto, é essencial para a continuidade da espécie que os indivíduos mais velhos continuem vivos mesmo após se reproduzirem, até que os indivíduos mais novos possam sobreviver sem eles.
Como o montante de energia gasta por um indivíduo para sobreviver e se reproduzir é muito alto, poderia tornar-se inviável a sobrevivencia desse indivíduo por mais tempo, portanto ele precisa consumir menos energia após se reproduzir.
Segundo essa teoria, essa diminuição do gasto energético se daria justamente por meio do envelhecimento do indivíduo. Assim, ele perderia sua função reprodutiva e teria uma diminuição no seu ritmo metabólico, visando garantir a sua sobrevivência pelo maior período possível após a sua reprodução.
Portanto, a seleção natural teria levado ao desenvolvimento do mecanismo de envelhecimento, selecionando não os indivíduos diretamente, porém fazendo uma seleção a nível de grupos de indíviduos, pois somente os descendentes de grupos com genes causadores do envelhecimento teriam a sua sobrevivencia garantida até a fase reprodutiva, por meio do envelhecimento dos indivíduos mais velhos do grupo.

Postado por Lucas Biaggini

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