domingo, 28 de junho de 2009

Mal de Parkinson- painel





O Mal de Parkinson, uma das principais doenças relacionadas a idosos, aparece, na maioria dos casos, em pessoas com mais de 75 anos. Caracteriza-se por rigidez muscular, lentidão, desequilíbrio, alterações na fala e na escrita, e , principalmente, por tremor de repouso. Esse tipo de tremor consiste em tremores quando não há movimento, diminuindo ou mesmo cessando ao se movimentar.

A morte dos neurônios que produzem o neurotransmissor dopamina gera uma diferença na relação acetilcolina- dopamina. Isso gera a descordenação motora, já que há o estímulo mental do movimento, mas a concretização do mesmo é impossibilitada pela ausência de dopamina. A dopamina age em duas vias do movimento. Ela estimula a via direta, a qual favorece o movimento, e inibe a via indireta, que dificulta o movimento.

Na via direta, a produção de dopamina pela substância negra estimula o córtex sensorial, o qual estimula o corpo estriado. Este inibe o globo pálido interno, que para de mandar sinais inibitórios para o tálamo. O tálamo, por sua vez, libera sinais excitatórios para o córtex motor, causando o movimento. Isso tudo é estimulado pela dopamina.


Na via indireta, o estímulo inicial é o mesmo, já que a dopamina estimula o córtex sensorial, o qual estimula o corpo estriado. Esse, no entanto,inibe o glopo pálido externo, liberando o núcleo subtalâmico. Este então estimula o glopo pálido interno, que inibe o tálamo, não havendo envio de estímulo excitatório ao córtex motor. Essa via é inibida pela dopamina.


Cientistas descobriram que para que os sintomas do Mal de Parkinson sejam identificados, é preciso que já tenha havido a morte de pelo menos a metade dos neurônios dopaminérgicos da substância negra, o que corresponde à diminuição de 80% na produção de dopamina.

A hipótese genética para o Mal de Parkinson consiste em mutações no gene contido no cromossomo 4 que codifica a alfa-sinucleína, pois essa proteína seria responsável pela degradação dos neurônios dopaminérgicos. Um dado curioso é que, nos anos 80, nos EUA, foi verificado parkinsonismo em adultos jovens. Isso teria ocorrido porque o consumo de heroína sintética nas décadas anteriores tinha sido elevado, e determinada heroína sintética apresentava uma substância que levava à morte dos neurônios produtores de dopamina.

Os tratamentos para o Mal de Parkinson incluem substâncias anticolinérgicas e medicamentos que mimetizam a ação da dopamina.


Segue no link abaixo uma divulgação científica que trata da primeira terapia potencial para o Parkinson a ter como alvo não o cérebro, mas a medula espinhal, a parte do sistema nervoso central contida na coluna vertebral:
http://www.agencia.fapesp.br/materia/10251/divulgacao-cientifica/esperanca-restaurada.htm

Fontes:
http://envelhecimentobiobio.blogspot.com/2008/11/painel-doena-de-parkinson.html
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?153


Postado por : Fernanda Viana

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